As micotoxinas são substâncias tóxicas produzidas por determinados fungos que podem contaminar grãos, cereais, sementes e rações durante o armazenamento. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), cerca de 25% da produção agrícola mundial é afetada por micotoxinas a cada ano, gerando perdas bilionárias.[1]
Esses fungos tóxicos representam um grave risco à saúde de animais e seres humanos, podendo causar desde problemas digestivos e hepáticos até câncer e efeitos neurológicos. Por isso, controlar as condições de armazenagem é fundamental para prevenir a contaminação por micotoxinas.
Neste artigo, vamos explorar como a temperatura é um dos principais fatores que influenciam a proliferação desses fungos e quais as melhores práticas e tecnologias para monitorar e controlar esse risco.
O papel da temperatura no controle de micotoxinas
Diversos estudos têm demonstrado que a temperatura é um dos principais fatores que influenciam a presença e o crescimento de fungos produtores de micotoxinas nos ambientes de armazenagem. Pesquisas publicadas no Journal of Stored Products Research mostram que variações bruscas ou temperaturas acima de 25°C criam um ambiente propício para a proliferação desses fungos e a produção de toxinas, que podem aumentar em até 80%.[2]
Por isso, manter a temperatura em níveis ideais (entre 15°C e 20°C) durante todo o processo de estocagem é essencial para prevenir a contaminação por micotoxinas. Qualquer desvio nessa faixa de temperatura representa um risco significativo.
Práticas essenciais para prevenir a contaminação
Além do controle rigoroso da temperatura, outras medidas básicas também são fundamentais para minimizar os riscos de contaminação por micotoxinas:
- Realizar a secagem adequada dos grãos antes do armazenamento, atingindo uma umidade inferior a 13%, conforme recomendado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).[3]
- Inspecionar regularmente os lotes armazenados e descartar qualquer produto suspeito, que apresente odor, coloração ou textura fora do normal.
- Adotar boas práticas de higiene e limpeza dos equipamentos e instalações.
Soluções tecnológicas para o monitoramento térmico
Felizmente, existem diversas tecnologias disponíveis que facilitam o controle preciso da temperatura nos ambientes de armazenagem de grãos e cereais. Sensores digitais, sistemas de automação e até mesmo aplicativos de celular podem fornecer dados em tempo real, alertando sobre variações críticas.
Pesquisas da Universidade Federal de Viçosa mostram que cerca de 60% dos casos de contaminação por micotoxinas estão relacionados a falhas no controle de temperatura.[4] Portanto, investir nessas soluções tecnológicas é fundamental para prevenir esse tipo de problema.
Ao utilizar esses equipamentos, você garante:
- Acompanhamento constante das condições ideais de armazenamento
- Detecção imediata de desvios que possam favorecer a contaminação
- Ajustes automatizados para correção rápida de problemas
- Redução significativa dos riscos de perdas por micotoxinas
Conclusão
A contaminação por micotoxinas representa um risco invisível, mas extremamente prejudicial, para a sua produção agrícola. No entanto, com o uso de sensores inteligentes e sistemas automatizados de controle térmico, você pode minimizar drasticamente esses riscos e manter seus grãos seguros e de alta qualidade.
Investir nessas soluções tecnológicas é um passo essencial para elevar os padrões de armazenagem e preservar a integridade da sua produção pós-colheita. Não deixe que as micotoxinas comprometam os esforços de todo o seu ciclo produtivo.
[1] Relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), 2020.
[2] Estudo publicado no Journal of Stored Products Research, 2018.
[3] Recomendação técnica do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 2021.
[4] Pesquisa realizada pela Universidade Federal de Viçosa, 2019.
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