Resfriamento do trigo no pós-colheita: menos perdas, mais qualidade e sem resíduos de inseticidas

As perdas pós-colheita de grãos no Brasil alcançam até 20% em algumas regiões, afetando significativamentea rentabilidade do produtor e a segurança alimentar. No caso do trigo, grão altamente sensível à umidade eao ataque de pragas, o uso de inseticidas sintéticos ainda é uma prática recorrente para evitar danos duranteo armazenamento. No entanto, essa estratégia apresenta […]
26 de agosto de 2025

As perdas pós-colheita de grãos no Brasil alcançam até 20% em algumas regiões, afetando significativamente
a rentabilidade do produtor e a segurança alimentar. No caso do trigo, grão altamente sensível à umidade e
ao ataque de pragas, o uso de inseticidas sintéticos ainda é uma prática recorrente para evitar danos durante
o armazenamento. No entanto, essa estratégia apresenta riscos tanto à qualidade final do produto quanto à
saúde humana e ao meio ambiente.


O resfriamento artificial de grãos, já consolidado em grandes armazéns e cooperativas, surge como uma
alternativa tecnicamente superior e economicamente viável. Além de controlar pragas sem o uso de químicos,
essa tecnologia conserva atributos de qualidade do grão por mais tempo e atende exigências crescentes do
mercado internacional por alimentos com menor carga de resíduos.

Como o resfriamento atua na proteção do trigo

A conservação de grãos por meio do resfriamento baseia-se na redução da temperatura do produto
armazenado para patamares inferiores a 20°C, faixa considerada segura para inibir o metabolismo de insetos
e microorganismos.

Segundo estudos da Embrapa, ao reduzir a temperatura dos grãos para abaixo de 15°C, ocorre inibição do
ciclo de vida da maioria das pragas comuns em trigo armazenado, como Sitophilus oryzae e Rhyzopertha
dominica. Além disso, a atividade respiratória do grão é diminuída, o que contribui para uma menor perda de
massa seca e uma conservação prolongada.

Impactos na qualidade tecnológica do trigo

Estudos da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) demonstram que o armazenamento de trigo em
temperaturas de 4°C preserva significativamente o vigor, a germinação e a qualidade tecnológica dos grãos
ao longo de seis meses. Em contrapartida, temperaturas superiores a 18°C aceleram a formação de ácidos
graxos livres e reduzem a massa específica aparente, indicadores diretos de deterioração.

A estabilidade da umidade também é favorecida. Grãos com teor de água entre 12% e 13% mantêm esse
nível por mais tempo quando resfriados, minimizando riscos de fermentação, mofos e degradação enzimática.
Como resultado, o trigo conserva suas características de panificação e atende com mais facilidade os
parâmetros exigidos por indústrias moageiras e mercados exportadores.

Inseticidas: eficiência limitada e riscos crescentes

Embora produtos como pirimifos-metil e deltametrina apresentem boa eficácia no curto prazo, sua capacidade
residual é limitada, exigindo reaplicações periódicas e cuidados rigorosos com dosagem e carência. Além
disso, resíduos químicos nos grãos têm sido alvo de restrições sanitárias em diversos mercados,
comprometendo a competitividade de lotes contaminados.

O uso continuado de inseticidas também favorece a seleção de linhagens resistentes de pragas, exigindo
formulações cada vez mais potentes e onerosas. Órgãos como o MAPA e a Anvisa têm reforçado a
fiscalização e os limites máximos de resíduos, tornando essencial o uso de alternativas mais sustentáveis.

Resfriamento como solução sustentável e tecnológica

Ao eliminar a necessidade de inseticidas em muitas situações, o resfriamento artificial oferece uma solução
segura, limpa e alinhada às boas práticas de armazenagem. Sistemas modernos utilizam climatizadores de
alta eficiência e controle automatizado, garantindo uniformidade térmica em grandes volumes.

A Cool Seed oferece soluções completas para resfriamento de grãos, com tecnologia projetada para
condições tropicais, monitoramento remoto e integração com sistemas de gestão. Resultados de campo
demonstram redução de perdas superiores a 80% e manutenção de parâmetros de qualidade por períodos
prolongados.

Boas práticas e integração com a cadeia de valor

Para maximizar os benefícios do resfriamento, é essencial adotar uma abordagem integrada de manejo
pós-colheita. Isso inclui a secagem correta dos grãos, limpeza e desinfecção dos silos, monitoramento
contínuo de temperatura e umidade e planejamento logístico para evitar recontaminações.

A implementação de sistemas de rastreabilidade térmica permite uma gestão mais eficiente e responsiva,
com dados em tempo real para tomada de decisão. Esse diferencial agrega valor ao produto, atende
exigências regulatórias e fortalece a imagem da cadeia produtiva.

Conclusão

Resfriar o trigo no pós-colheita é mais do que uma alternativa técnica. É uma decisão estratégica que une
segurança alimentar, retorno econômico e sustentabilidade. Ao preservar a qualidade do grão sem
dependência de inseticidas, produtores e armazenadores ampliam sua competitividade e reduzem riscos
operacionais e regulatórios.

A Cool Seed está pronta para apoiar essa transição com tecnologia, suporte técnico e compromisso com
resultados. Fale conosco e descubra como nossas soluções de resfriamento podem transformar o
desempenho da sua armazenagem.